A verdade sobre o medo

1 de maio de 2008

Postado por Renata Valim

Já mencionei sobre Marcos Witt, e o quanto admiro, não apenas suas músicas, mas agora também seu livro: Você é maior do que seus medos.
Confesso que o título não me induziu a lê-lo, mas sim o próprio autor.
No auge do meu orgulho, lendo as páginas iniciais, ainda pensei: Não tenho medo de nada que me faça parar.
Mas não demorou muito para surgir uma experiência na minha mente.
Quando criança e pré-adolescente tinha muito medo de agulhas, esses orifícios finos e pontudos me levavam ao desespero. Quando precisava tomar injeção, enrolava em casa para perder a hora, chorava, e desmaiava na maioria das vezes. Me recordo bem da sensação de pavor que tomava conta do meu interior e físico.
Ironicamente, há um ano me submeti a um tratamento para combater sinusite, rinite e alergia tomando injeções semanais. Tive que aprender a lidar com o medo, e hoje consigo levar com tranqüilidade as picadas.
De fato dói, e considero desconfortável me submeter a agulhadas toda Quinta-feira. O lado positivo é que tem melhorado visivelmente a irritação nasal.
Marcos Witt cita o pavor que tinha com cobras, sejam elas avistadas por televisão ou pessoalmente. Esse animal despertava ânsias e fazia seu coração acelerar. A lição da história fica por conta de como ele venceu.
Conhecendo a verdade sobre as cobras, como reagem, seu habitat e tudo que engloba esse animal peçonhento, percebeu que a cobra é menor do que suponha. Na verdade são elas quem tem maior medo de humanos.
Com o passar do tempo ele venceu o medo, cessando de falar que possuía temor, conhecendo a verdade, e se libertando.
Vencer o medo, requer decisões. Tomar injeção foi de certa forma uma escolha, precisava desse tratamento. Poderia até me negar, mas não o fiz. Tomei como verdade que não seria tão doloroso, obviamente não é uma curtição semanal, mas encaro como um desafio vencido, visto o pavor que tinha.
Refletindo, descobri pequenas coisas que me fazem tremer a base, mesmo sendo tão destemida e corajosa. Acredito que minha reação ao ler as primeiras páginas não seja exclusiva, mas pensando melhor, em alguma área, que sejam baratas, nos fazem tomar outro rumo apenas para não encarar a situação. Entendi que o medo é mais abrangente do que pensava, mas é absolutamente possível eliminá-lo.


Beijos corajosos,
Renata Valim.