No miopia

10 de abril de 2008

Postado por Renata Valim

Me recordo bem das cenas quando caminhava até a escola, minha irmã perguntando o número do ônibus, e devido a minha visão super sagaz sempre identifiquei rápido. Também sempre encontrava as tarraxas perdidas no chão, e isso era motivo de orgulho pra mim.
Até que em meu tempo juvenil, usando o temido aparelho ortodôntico, comecei a notar dificuldades, já não existia tanta nitidez nas imagens, os brincos não saltavam em meus olhos como antes. Foi então que percebi... Precisava de um óculos.
Totalmente influenciada por Ugly Betty (Betty a feia), é desnecessário dizer qual seria o fim de uma pessoa que usasse a combinação óculoseaparelho, correria o risco de estrelar alguma novelinha adolescente. Por essa razão, aguardei até que o tratamento ortodôntico chegasse ao fim.
Pois bem, depois de 3 anos livre dos metais, o óculos sendo um acessório da moda, e com minha vida universitária exigindo que eu leia consideravelmente, resolvi me consultar.
Não fazia idéia do quão incomodo é saber um grau, colírios e um equipamento tosco encostaram em meus olhos verdes.
Foi então que surgiu uma das maiores decepções da minha vida, quando a dona doutora disse: Você não precisa usar óculos, sua dificuldade de enxergar é devido à fadiga de trabalhar em frente ao computador, receito fisioterapia ocular.
Meu mundo caiu! Anos esperando o dia em que usaria um novo óculos por semana (Lê-se: Ilana). Me nego a fazer esse raio de fisioterapia.
Não que seja ruim ter a vista boa, mas eu enxergo embaçado, e queria um óculos lilás!
Essa é minha história triste de hoje (/Guerra).


Renata Valim.